GEOGRAFIA

A MELHOR FORMA DE COMPREENDER O HOMEM E SUA RELAÇÃO COM O MUNDO.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A INTERDISCIPLINARIDADE NA CONSTITUIÇÃO DOS ESTUDOS DO MEIO AMBIENTE NA ESCOLA

REFLEXÕES SOBRE INTERDISCIPLINARIDADE NA ESCOLa

 Adelson Pereira Bezerra[1]


Resumo
A interdisciplinaridade constitui debate no meio educacional há bastante tempo, desafiando o meio acadêmico a uma reflexão sobre suas aplicações nos espaços escolares. Precisamos repensar as práticas pedagógicas em busca de maiores significados e superar os velhos modelos metodológicos aplicados nas escolas, pois esse é o caminho para quem busca por meio da interdisciplinaridade, novos caminhos de ensinar e aprender, lembrando que essas mudanças provocaram a curto e longo prazo, mudanças significativas no comportamento de nossos educandos, dentro dos aspectos intelectuais, sociais e também culturais. Pois a partir de um novo modelo de ensino e aprendizagem por meio da interdisciplinaridade os educandos vão buscando, sozinhos, novos caminhos e traçando seus próprios métodos de aprender.  O objetivo deste estudo é fazer uma reflexão sobre o conceito de interdisciplinaridade, sua validade e principalmente buscar compreender como esse conceito está sendo aplicado em nosso cotidiano, verificando sua aplicabilidade e importância enquanto processo metodológico para, a partir dessa reflexão, buscarmos caminhos significativos para nossa prática pedagógica. A princípio, será realizada uma revisão bibliográfica na área do tema, seguida de uma reflexão sobre as práticas pedagógicas adotadas por nós; seus desafios e superações em busca cada vez mais, um trabalho de qualidade que seja significativo para nós professores e para nossos alunos; trabalho este que seja capaz de transformar informação em formação, contribuindo para que eles possam, ao sair da escola, terem uma visão muito mais ampla do mundo, compreendendo toda sua dinâmica e principalmente sendo propositivo na sociedade em que está inserido e contribuindo para a formação de uma sociedade mais equilibrada.



Palavras chaves: EJA, interdisciplinaridade, Prática.


INTRODUÇÃO

Entendemos que a Educação de Jovens e Adultos configura em uma das alternativas significativas de criatividade e de produtividade do educando na vida social, transforma-se também em uma ferramenta indispensável para manter-se atualizado em um mundo cada vez mais complexo e de grandes transformações, cria possibilidades de se construir uma sociedade cada vez mais participativa e comprometida com o desenvolvimento do meio em que está inserido.  Enquanto proposta de educação ao longo da vida proporciona ao cidadão a realização de novos desejos em diferentes espaços, seja ele na escola, em casa ou no trabalho; pois propicia a aquisição de novos conhecimentos por meios das instituições de ensino em que está inserido.
Em se tratando de currículo, percebemos que há uma participação de diversas instituições que estão voltadas para a valorização das aprendizagens adquiridas ao longo da vida do cidadão. Trata-se de valorizar também os conhecimentos, habilidades e as atitudes adotadas por cada indivíduo, em busca de novos conceitos e ainda, revalorizar o trabalho como fundamento educativo reconhecendo-o como processo inerente à vida cotidiana. Podemos também defini-la como uma educação para o trabalho, pois consideramos elemento importante na integração de todos os grupos sociais e setores e assegura que todas as pessoas adquiram as competências necessárias para seu desempenho social e profissional.
É preciso desenvolver nos espaços escolares metodologias inovadoras e interdisciplinares capazes de mobilizar o educando para uma construção de conhecimento significativo para suas vidas, buscando se reafirmar enquanto cidadão capaz de produzir bens intelectuais bem como, compreender o mundo em sua volta de uma forma mais ampla e participativa, sendo propositivo a fim de encontrar soluções para os problemas de ordem social, tornando assim seu espaço de vivência mais justo e igualitário.

2- CONCEITUANDO E REFLETINDO SOBRE INTERDISCIPLINARIDADE

O conhecimento e a ação se conjugam porque o homem colocado em situação de aprendizagem e levado à situação de comprovação deste conhecimento, expressa por meio de ações os aspectos da complexidade de sua formação interdisciplinar; pois é notável o esforço aplicado na resolução dos problemas buscado por meio de pesquisas e atividades que o levaram a chegar à solução destes problemas. E é a partir dessas pesquisas que as informações se transformam em conhecimento científico por meio da investigação.

“A investigação científica se inicia quando se descobre que, os conhecimentos existentes, originários quer das crenças do senso comum, das religiões ou da mitologia, quer das teorias filosóficas ou científicas, são insuficientes e imponentes para explicar os problemas e as dúvidas que surgem". (Lakatos, 1991).

De acordo com FAZENDA (1999, p. 66), a interdisciplinaridade ainda não tem seu conceito bem definido e tem sua origem dentro dos conceitos equivocados de disciplina. A discussão sobre disciplina e interdisciplinaridade possibilita uma abordagem mais prática sobre esse conceito fazendo compreender que a ação passa a ser o ponto de convergência entre o fazer e o pensar interdisciplinar. Ela aponta ainda que é preciso estabelecer uma relação de interação entre as disciplinas, para que se torne uma marca fundamental das relações interdisciplinares.

O conceito de interdisciplinaridade fica mais claro quando se considera o fato trivial de que todo conhecimento mantém um diálogo permanente com os outros conhecimentos, que pode ser de questionamento, de confirmação, de complementação, de negação, de ampliação, [...] (BRASIL 1999, p.88):

Fazendo um levantamento histórico da interdisciplinaridade, verificamos que no caso do   Brasil, o conceito de interdisciplinaridade, foi abordado pela primeira vez  por meio de estudos realizados por Georfes Gusdorfe, e posteriormente com Piaget. Os referidos autores influenciaram alguns pensadores como Japiassu no campo da epistemologia e Ivani Fazenda no campo da educação.
           O termo interdisciplinaridade possui muitos significados e muitas vezes vêm assumindo papéis que levam a ser compreendido de muitas maneiras, possuindo, entretanto, a mesma base conceitual para todos os seus significados básicos, isso dentro de uma visão segundo as concepções de JAPIASSU (1976, p.74).
A interdisciplinaridade supõe um eixo integrador, que pode ser o objeto de conhecimento, um projeto de investigação, um plano de intervenção. Nesse sentido, ela deve partir da necessidade sentida pelas escolas, professores e alunos de explicar, compreender, intervir, mudar, prever algo que desafia uma disciplina isolada e atrai a atenção de mais de um olhar; talvez vários. (BRASIL, 2002, p. 88-89)

Para PIAGET (1979, p.166-171), a interdisciplinaridade pode ser concebida como uma recomposição ou como uma reorganização dos âmbitos do saber na perspectiva de impulsionar um ou vários estudos a respeito de um assunto e dele extraírem possibilidades de pesquisas para darem origem a novas recomposições e novas reorganizações na construção do conhecimento.
Olhando por esse aspecto, a interdisciplinaridade não pode ser entendida apenas como um conjunto de disciplinas ou apenas a junção delas, com objetivos ou intenções em comum no intuito de estabelecer relações entre esses elementos que pela própria dinâmica da metodologia utilizada, reforça as questões de interligações ao invés das relações de movimento que a própria interdisciplinaridade exige.

Se definirmos interdisciplinaridade como junção de disciplinas, cabe pensar currículo apenas na formatação de sua grade. Porém se definirmos interdisciplinaridade como atitude de ousadia e busca frente ao conhecimento, cabe pensar aspectos que envolvem a cultura do lugar onde se formam professores. (FAZENDA 2008, p. 17)

            É muito comum entre os educandos, o equívoco entre currículo escolar e grade de disciplinas. Isto dificulta o trabalho interdisciplinar no sentido de que a grade de disciplina pressupõe já um trabalho individualizado. No entanto, cabe aos professores realizarem momentos de reflexão sobre o próprio currículo de sua escola para a partir dela, estabelecer metas de um trabalho coletivo superando as dificuldades conceituais que envolvem essa temática.
 Devemos estabelecer relações de diferenças entre as variadas disciplinas do currículo escolar para que as trocas de informações não pareçam apenas uma organização de uma espécie de arquivo mental, mas procurar estabelecer relações entre elas, buscando a ideia de movimento e de trocas de informações e experiências, criando assim um espaço de aprendizagem integrado.
Nesse sentido, é importante evitar que esse tipo de arquivo mental muito comum no ensino e na aprendizagem de práticas educacionais ligados aos livros didáticos como ponto de partida, apresente-se como um “vício de aprendizagem temporal”, onde o indivíduo faz uso dos conhecimentos adquiridos ao longo do processo e depois descarta como se este para nada mais servisse.
É preciso manter relações mais estreitas entre as disciplinas de forma que caracterize um trabalho realmente interdisciplinar onde as partes envolvidas conversem umas com as outras e tracem objetivos comuns capazes de transformar informações em conhecimentos e principalmente envolvendo os alunos no processo de organização da proposta de trabalho, onde os mesmos possam sentir-se sujeitos propositivos do próprio processo de ensino e aprendizagem.

A interdisciplinaridade não dilui as disciplinas, ao contrário, mantém sua individualidade. Mas integra as disciplinas a partir da compreensão das múltiplas causas ou fatores que intervêm sobre a realidade e trabalha todas as linguagens necessárias para a constituição de conhecimentos, comunicação e negociação de significados e registro sistemático dos resultados. (BRASIL 1999, p. 89)

Nesse sentido cabe a escola e ao professor estabelecer critérios de planejamento, onde as disciplinas se comuniquem e rompam as barreiras das diferenças traçando um trabalho coletivo respeitando as particularidades de cada uma das disciplinas envolvidas, mantendo um diálogo e interação tão importante para o processo de ensino e aprendizagem num contexto interdisciplinar.
  É preciso perceber que o trabalho interdisciplinar questiona os conhecimentos adquiridos perpassados por todas as disciplinas, questionando os métodos praticados, certificando-se de que todo o trabalho tem uma relação de interação que promova a aquisição de conhecimentos amplos e não isolados dentro de cada área do conhecimento.  A partir disto, vamos perceber que houve de fato uma interação entre professores e alunos na busca de um trabalho significativo.
Dentro de uma visão pedagógica, fala-se muito das exigências interdisciplinares, enfatizando-se a importância de uma visão ampla do pesquisador para que possa observar as relações de sua disciplina com as demais, sem descuidar do campo de sua especialidade. A metodologia interdisciplinar demanda uma reformulação generalizada das estruturas de ensino das disciplinas científicas, como também põe em jogo o fracionamento das disciplinas para configurar uma pedagogia que privilegie as interconexões disciplinares.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE AS EXPERIÊNCIAS TEÓRICAS E PRÁTICAS COM A INTERDISCIPLINARIDADE

É preciso pensar numa proposta interdisciplinar que se constitua em alternativas de melhorias no contexto do ensino e da aprendizagem para proporcionarmos aos nossos educandos, maior qualidade do que está sendo oferecido, traçando metas e caminhos a serem alcançados por todos os envolvidos no processo e por meio deste, buscar visualizar onde devem ser concentrados os esforços para corrigir algo dentro da proposta que não tenha tido bons resultados, avaliando e ponderando todos os “elementos base” do trabalho coletivo. Deste modo, estaremos reforçando o trabalho e garantido que os envolvidos nesse processo adquiram conhecimentos estabelecidos dentro da proposta interdisciplinar.
            Uma proposta interdisciplinar busca construir conhecimentos numa relação entre ensinar e aprender dentro e fora da sala de aula com o objetivo de integrar esse conhecimento ao espaço do educando, fazendo com que ele veja o mundo de forma mais ampla e possa refletir e discutir sobre seu próprio aprendizado e perceba que esse conhecimento é construído ao longo de sua vida escolar através de estudos, pesquisas e suas relações com os demais participantes. Esta metodologia faz com que o aluno perceba ainda que durante seu processo educativo ele não apenas acumulou informações, mas construiu saberes que foram além das fronteiras do informativo e se constituíram de fato em conhecimentos. Conhecimentos estes que fizeram e fazem diferença no seu convívio social.
A interdisciplinaridade é fundamentalmente um processo e uma filosofia de trabalho que agem quando surgem os problemas e questões que preocupam em cada sociedade, contendo alguns passos que, com flexibilidade, costumam estarem presentes em qualquer intervenção interdisciplinar, como: definir, determinar, desenvolver, especificar, reunir, resolver, construir e manter, comparar, integrar, ratificar e decidir. É um objetivo que muitas vezes não é alcançado em sua plenitude é por essa razão que devemos planejar e replanejar como forma de alcançá-lo. Não deve ser apenas uma proposta baseada em teorias, mas que ela seja vivenciada na prática, no dia a dia da sala de aula com trabalhos práticos e submetendo os alunos à experiências significativas de aprendizagem em equipe e individual onde os mesmos possam visualizar todo o seu potencial na resolução dos problemas apresentados.
O ambiente em que estamos inseridos e a forma como fomos formados, induz-nos a um trabalho disciplinar mais do que o interdisciplinar. Neste sentido, é importante ficarmos atentos a essa situação e rompermos com os velhos conceitos de aprendizagem e ampliar nossos horizontes em busca de um trabalho interdisciplinar de qualidade que proporcione a escola criar um espaço de construção de conhecimento significativo, valorizando os diferentes saberes trazidos pelos nossos alunos.
Como experiência vivida com a interdisciplinaridade tivemos no primeiro semestre/2013, na Escola SESC, unidade de Gurupi-TO, a oportunidade de desenvolver o projeto “Eco Futuro- Sustente seu Meio”, que tinha como propósito, dar continuidade ao projeto disseminado no 2º semestre de 2012 com um olhar voltado para a ecologia do futuro, evidenciando sobre a importância dessa mesma ecologia para o futuro no planeta. Acreditamos que já começamos a mudar a mentalidade e olhando mais para o futuro com o trabalho da 1ª etapa do projeto.
            A princípio, o trabalho consistiu em embasamento teórico e ao mesmo tempo promovendo momentos em que os alunos pudessem aos poucos compreender a metodologia do trabalho interdisciplinar. Para tanto, foi realizado a explanação das atividades a serem desenvolvidas e suas respectivas etapas, rodas de conversa, apresentações de seminários, júri simulado, trabalho de campo com a participação de outros professores de outras disciplinas.
Essa etapa contribuiu significativamente para que os alunos compreendessem melhor a importância do trabalho coletivo interdisciplinar. Essa compreensão por parte dos alunos começou a ser percebida com as primeiras manifestações orais e escritas, onde os mesmos expuseram suas impressões sobre o trabalho desenvolvido, a relação entre as diferentes áreas do conhecimento, não mais as diferenciando umas das outras, mas estabelecendo relações entre elas criando um verdadeiro diálogo entre diferentes disciplinas caracterizando assim, o começo de um entendimento sobre a interdisciplinaridade. Embora eles não tenham estudado nenhum teórico ou recebido nenhuma formação específica, ou talvez nem soubessem mesmo conceituar a interdisciplinaridade. Porém na prática, é bastante perceptível a evolução desse conceito.
O foco central do projeto era conscientizar os alunos quanto à poluição (atmosférica, solo, água, sonora...), e uso de energias renováveis e alcançar meios possíveis de transformação através dos conteúdos disciplinares ministrados nas áreas de conhecimento (Linguagens, Humanas e Exatas), a fim de disseminar novos princípios para os ambientes alterados ou destruídos pelo homem, sendo uma questão de sobrevivência da nossa espécie, por meio da maior riqueza humana e ambiental, ao ponto de despertar nos discentes e docentes o desejo de buscar meios de viverem num contexto social voltado para sua realidade e ao mesmo tempo implantar uma cultura ambiental que buscasse viver num mundo cada vez melhor.
Na ocasião, pudemos vivenciar na prática o trabalho interdisciplinar, onde as experiências vividas fizeram refletir sobre nossa prática pedagógica e verificar alguns pontos relevantes do nosso trabalho. Com isso, refletimos principalmente sobre como devemos aprimorar o trabalho dentro de uma filosofia interdisciplinar.
Foi preciso abandonar velhos e agregar novos valores, atribuir novos conceitos e práticas e buscar caminhos para se chegar ao trabalho desejado. Vale ressaltar que para nós, o maior desafio foi entender de fato como seria o trabalho interdisciplinar, pois existem muitos equívocos a respeito dessa temática, até mesmo por parte de profissionais que atuam há muitos anos em sala de aula.
Neste processo de reflexão, percebemos que ainda há um longo caminho a ser percorrido na busca de um trabalho interdisciplinar de qualidade, pois é preciso amadurecer as ideias e colocá-las em prática. É importante ressaltar que muitos foram os desafios na busca desse trabalho integrado, mas o processo só foi possível de ser completado graças à interação da equipe, a busca de novos conhecimentos através de estudos individuais e em grupo e ainda da orientação recebida por parte de nossas coordenadoras.
É importante ressaltar que todos ganharam com a interdisciplinaridade. Primeiramente pelo conhecimento, por recuperar sua totalidade e complexidade, os professores pela necessidade de melhorarem sua interação com os colegas e repensarem suas práticas docentes, os alunos por estarem em contato com o trabalho em grupo, tendo o ensino voltado para a compreensão do mundo que os cercam. Por fim, a escola que tem sua proposta pedagógica refletida a todo instante e que ao longo do processo ganharam como grandes parceiros, a comunidade.
Portanto, a interdisciplinaridade, busca criar um espaço de interação onde professores e alunos por meio das disciplinas e que assim, constroem os conceitos e conhecimentos necessários a sua vida em sociedade e principalmente, faz com que os educandos percebam que as aprendizagens acontecem em diferentes espaços e situações.
Cabe ressaltar, que nosso maior aprendizado foi compreender que o processo interdisciplinar trabalhado em sala de aula, propôs o tema com abordagens em diferentes disciplinas, promovendo uma ligação entre as diferentes áreas de conhecimento, unindo-as para transpor algo inovador, proporcionando abertura, resgatando possibilidades e ultrapassando o pensamento fragmentado, buscando constantemente superar as dificuldades.
Tal aprendizado foi uma construção ao longo do desenvolvimento do projeto nesta unidade de ensino e também fruto das capacitações em formação continuada. Tudo isto associado à pesquisa e trabalho prático que muitas vezes tivemos que parar, repensar, replanejar e recomeçar tudo.
Compreendemos que esse processo ainda não está concluído, pois ainda há muito que aprender. Precisamos buscar a cada dia novos meios e métodos que empregados em sala de aula possam reafirmar o conceito de interdisciplinaridade para que nosso trabalho se tornar mais coeso e de qualidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 2002.
FAZENDA, Ivani C. Interdisciplinaridade: historia, teoria e pesquisa, 6a ed., Campinas, SP: Papirus, 1994.
FAZENDA, Ivani C. Interdisciplinaridade: um projeto em parceria, SP: Edições Loyola, 1995, (coleção Educar).
FAZENDA, Ivani. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 4a ed. Campinas: Papirus, 1999.
FAZENDA, Ivani C. (org.). Interdisciplinaridade: dicionário em construção, São Paulo: Cortez, 200.
FAZENDA, Ivani C. (org.). O que é interdisciplinaridade, São Paulo: Cortez, 2008.
GERALDI, João Wanderley. Linguagem e ensinoexercício de militância e divulgação, Campinas SP: Mercado das Letras; Associação de Leitura do Brasil (ALB), 1996.
 GERALDI, João Wanderley (org.) O texto na sala de aula: leitura e produção, 5a ed., Cascavel: ASSOETE, 1984.
GERALDI, João Wanderley. Portos de passagem, 4a ed., SP: Martins Fontes, 1997.
JAPIASSÚ, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber, RJ: Imago, 1976.
LAKATOS, E.M., MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1991.
PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança, RJ: Zahar, 1996.






1 Adelson Pereira Bezerra – Licenciado em Geografia  - Professor de Geografia da EJA –SESC/TO


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sustentabilidade Ambiental


O desenvolvimento sustentável configura-se hoje em um dos elementos primordiais para manutenção da vida no planeta. Partindo desse pressuposto, é importante salientar o quanto nossas ações interferem diretamente na questão, são os nossos hábitos, ou seja, nossos maus hábitos que fazem do planeta Terra um sistema cada vez mais frágil e impotente diante de tantas agressões sofridas ao longo dos séculos.
Mas afinal, o que é desenvolvimento sustentável? Por que ele se faz tão importante nos dias atuais? Bom, alguns autores definem-no como sendo uma forma que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social, econômico e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso sustentável dos recursos da terra, preservando as espécies e os habitats naturais.
O desenvolvimento sustentável hoje é uma questão de sobrevivência, pois vivemos em um mundo cada vez mais moderno, no qual o consumismo dita as regras de como a sociedade deve se comportar diante de tanta oferta. Os meios de comunicação são o grande responsável por moldar essa sociedade, que por muitas vezes torna-a alienada e vulnerável a esse consumismo exacerbado.
Mas como ser um cidadão sustentável em um mundo essencialmente capitalista de economia globalizada? A principio é preciso, acreditar que isso é possível, e que nesse contexto mudanças significativas de atitudes são fundamentais e não encarar a sustentabilidade com um modismo da sociedade atual. É importante começar com os problemas locais antes de querer salvar a Amazônia. Ora, se você não consegue dar um destino correto ao lixo produzido em sua própria casa, como ousa a querer salvar um bioma tão complexo igual à Amazônia que funciona como uma engrenagem movida por interesses financeiros ligados a políticos e grandes latifundiários desse país. É preciso resolver antes a questão do lixo, do consumo de água e energia de forma indiscriminada em nossa escola, nas nossas casas e também em nosso município para que possamos alcançar outras dimensões.
Ser sustentável é muito mais do que preservar o ambiente e se preocupar com o desmatamento na Amazônia e as emissões de carbono lançado na atmosfera. Nesse contexto devemos levar em consideração todos os fatores sociais e ambientais que causam algum tipo transtorno ao ser humano e, a partir daí buscar formas sustentáveis capazes de mudar nossas atitudes e, principalmente mudar essa forma de viver que a maioria da população mundial entende como sendo a ideal.
É preciso aplicar o principio dos 3R que significam Reduzir, Reutilizar e Reciclar, palavras-chaves no cuidado com o meio ambiente, afinal devemos reduzir o consumismo, reutilizar os materiais que já não tem mais aquela utilidade que nos levou a adquiri-los e reciclar os que seriam descartados, transformando-o em outro objeto para voltar a ser útil.
O principio dos 3R tem que fazer parte do nosso cotidiano, algo que seja como o habito de escovar os dentes, por exemplo, que jamais esquecemos algo, a ser disseminado entre os membros da família. Você pode fazer isso de maneira bem simples promovendo o ensino da cultura sustentável entre além dos familiares também a amigos e vizinho para que todos venham ter uma postura sustentável.
Esse é o caminho que devemos percorrer educar e ser reeducado todos os dias, mudando e promovendo mudanças de atitudes, para que possamos ter uma sociedade mais consciente e capaz de deixar para as futuras gerações um ambiente mais saudável e pessoas mais responsáveis em relação ao meio em que vive. Só assim, nossos dias serão prolongados aqui nesse planeta chamado Terra.

Referências bibliográficas.
FERREIRA, Leila da Costa. A questão ambiental: Sustentabilidade e políticas públicas no Brasil, São Paulo - Boitempo Editorial. 2003.
DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios e práticas. 9ª ed. – São Paulo – Gala, 2004

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CARTOGRAFIA E ENSINO

               Desde os primórdios, o homem em diferentes momentos e ambientes vem de uma forma ou de outra representando os espaços por onde percorreram, percebe-se a partir de escritos por meios de mapas antigos que é uma necessidade do homem em quanto autor e construtor do espaço fazer essas representações para que outras pessoas em outros momentos possam utilizar-se desses elementos para compreender melhor o ambiente em que vive.

"A cartografia escolar, ao se constituir em área de ensino, estabelece-se também como área de pesquisa, como um saber que está em construção no contexto histórico-cultural, momento em que a tecnologia permeia as práticas sociais, entre elas, aquelas realizadas nas escolas e nas universidades.(ALMEIDA, 2007)"

               Elemento básico ao ensino da Geografia, a cartografia configurou-se em um importante instrumento na educação básica, tanto para o aluno compreender as relações e as necessidades do seu cotidiano quanto para estudar o próprio ambiente em que vive, levando-o a conhecer as características físicas, econômicas, sociais e humanas de seu próprio espaço, compreendendo as transformações causadas pela ação do homem e dos fenômenos naturais ao longo dos tempos.
               Portanto é no espaço da sala de aula, que hoje o ser humano procura sistematizar essas formas de representação do espaço a partir de estudos científicos e utilizando diferentes fontes e equipamentos tecnológicos que assegurem a qualidade e precisão daquilo que pretendemos representar. Vale ressaltar que é a partir dessa qualidade de representação do espaço que o homem hoje se organiza socialmente.
No entanto para que isso ocorra é importante construirmos esses saberes em sala de aula com atividades voltadas para construir efetivamente esses conhecimentos, levando o aluno aos estudos desde os teóricos aos práticos promovendo assim maior habilidade na representação e compreensão do espaço em que está inserido.


ALMEIDA, Rosângela Doin de, PASSINI, Elza Yasuko. O espaço geográfico: Ensino e Representação. 15ª ed, São Paulo: Contexto 2006.
______.Cartografia escolar. 1ª ed, São Paulo: Contexto 2007.
SHOKO, Kimura. Geografia no Ensino Básico:questões e Respostas. São Paulo: Contexto, 2008.

CURRICULUM VITAE

C U R R I C U L U M V I T A E



1 . DADOS PESSOAIS


ADELSON PEREIRA BEZERRA


FILIAÇÃO: Valentin José Bezerra
Eronita Pereira Bezerra

DATA DE NASCIMENTO: 04/04/

NATURALIDADE: Balsas –MA

NACIONALIDADE: Brasileira

ENDEREÇO: Rua S 22 Qd. 08 Lot 03
Setor - Sol Nascente
CEP - 77400-00
Gurupi – TO

TELEFONES: Celular. (63) 8136 - 42 47
Residencial. (63) 3351 – 13 31
Trabalho. (63) 3612 - 72 07

E-mail: adelson.geografia@yahoo.com.br



2. HISTÓRICO ESCOLAR

2.1 ENSINO FUNDAMENTAL, 1º AO 5º ANO – Escola Paroquial Luiz Augusto.

2.2 ENSINO FUNDAMENTAL, 6º AO 9º ANO – Col. Estadual Guilherme Dourado.

2.3 ENSINO MÉDIO ( MAGISTÉRIO) – Col. Estadual Guilherme Dourado.

3. FORMAÇÃO ACADÊMICA

3.1 LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA – (UNITINS) Fundação Universidade do Tocantins.
3.2 ESPECIALIZANDO EM METODOLOGIA DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA – (FACINTER) Curitiba-PR


4. EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS

4.1 Secretaria Municipal de Educação de Gurupí-TO - Supervisor de Ensino de Geografia - Período Abril de 2011 (atuando)
4.2 SESC - Serviço Social do Comércio Gurupi-TO - Professor de Geografia Cursinho Pré-Vestibular e EJA 3º Segmento - Período - janeiro de 2010 (atuando)
4.3 Diretoria Regional de Ensino de Gurupi – TO – Assessor de Currículo/Geografia
Fevereiro de 2008 a março de 2011.
4.4 Escola Estadual Dr. Joaquim Pereira da Costa – Professor de Ensino Fundamental e Médio. – Período Jan./ 2005 a Fevereiro 2008 e Abril de 2011 (atuando)
4.5 Escola Estadual João XXIII – Professor de Ensino Fundamental – Período - Jan./ 2005 a Fev / 2006.

4.6 Escola Estadual Tarso Dutra – Professor de Ensino Fundamental e Médio – Período - Jan./ 2004 a Dez / 2004.

4.5 Colégio Bernardo Sayão – Professor de Ensino Médio (substituição por 4 meses)

4.7 SESI – Diretor e Coordenador de Educação - Período Jan./ 2003 a Dez/ 2003. Gurupi-TO.

4.8 SESI – Orientador de Aprendizagem - Período Setembro./ 2000 a Dez/ 2002. Araguaína – TO.

4.9 SESI – Facilitador em (Formação Continuada) Cursos de Metodologia do Ensino de Geografia de Ens. fundamental Regular e EJA - Período Set a Nov /2001. Araguaína -TO
4.1.1 CONSULTORIA EDUCACIONAL FIGUEIREDO - Facilitador em Cursos de Metodologia de Ensino de Geografia de Ensino de 1º ao 9º Ano - Período Maio/ 2001 a Out/ 2002. Araguaína-TO.

4.1.2 UNITINS – Fundação Universidade do Tocantins – Professor Substituto no Curso de Geografia em Regime Especial nas Disciplinas de (Estudos da Educação e do Ensino, Geografia Econômica e Perspectiva da Geografia Brasileira - Período Jan/ 2002 e Dez/ 2002. Tocantinópolis -TO.

4.1.3 COLÉGIO POSITIVO DE ARAGUAINA: Professor de Ensino Fundamental e Médio e Coordenador do Ensino Fundamental. Período Agosto /1997 a Dez / 1999. Araguaína –TO

5. PARTICIPAÇÃO E CONGRESSOS E CURSOS DE EXTENÇÃO

5.1 Programa de Formação Continuada – SEDUC - Geografia Ensino Fundamental Gurupi-TO – Jan./2004 a Dez /2004 – CH 104 horas.
5.2 Programa de Formação Continuada – SEDUC - Geografia Ensino Médio
Gurupi-TO – Jan./2006 a Dez /2006 – CH 104 horas.

5.3 IV Encontro de Geografia o Tocantins - UNITINS
Araguaína-TO, 18 a 20 de maio de 1999 – CH 18 horas.

5.4 Metodologia do Zoneamento Ecológico –Econômico - UNITINS
Mini Curso no IV Encontro de Geografia do Tocantins - Araguaína-TO, 20/05/1999 – CH 8 horas.

5.5 Projeto de Extensão – Grupos de Estudos Avançados em Geografia - UNITINS
Araguaína-TO, 01/09 a 08/12 de 1999 – CH 33 horas.

5.6 Relações Interpessoais na Escola – SESI/TO
Araguaína-TO, 31/01/ a 02/02 de 2000 – CH 24 horas.

5.7 Curso de Capacitação em Educação, Bases Legais de EJA – Avaliação e Planejamento – Competências e Saberes (Oficinas Pedagógicas) – SESI/TO.
Gurupi-TO, Set/2001 a Dez/2001 – CH 80 horas.
5.8 Metodologia SESIeduca - Departamento Regional do SESI / RJ
Rio de Janeiro – RJ, 22/04/2001 – CH 40 horas.

5.9 Curso de Extensão em Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos – Programa Formação de Formadores em EJA – UnB - SESI – UNESCO.
Brasília – DF, 30/06 a 06/10 de 2001 – CH 80 horas.

5.1.1 I Teleconcresso Internacional de Educação de Jovens e Adultos – SESI/DN – UnB – UNESCO.
Araguaína – TO, 21 a 23 de Novembro de 2001 - CH 20 horas

5.1.2 III Fórum Estadual de Educação de Jovens e Adultos – SESI/TO
Palmas – TO, Período 11 a 12 de Abril de 2002 - CH 16 horas

5.1.3 II Teleconcresso Internacional de Educação de Jovens e Adultos - SESI/DN – UnB – UNESCO.
Araguaína – TO, 14 a 16 de Agosto de 2002 - CH 20 horas

5.1.4 IV Fórum Estadual de Educação de Jovens e Adultos – SESI/TO
Palmas – TO, Período 24 a 26 de Setembro de 2003 - CH 16 horas

5.1.5 III Teleconcresso Internacional de Educação de Jovens e Adultos - SESI/DN – UnB – UNESCO.
Gurupi – TO, 07 a 09 de Outubro de 2003 - CH 20 horas.


6 . PARTICIPAÇÃO EM PESQUISAS

6.1 Qualidade da Ação Policial no Município de Araguaína. UNITINS / 2ºBPM
Araguaína-TO, 16 a 18 de Abril de 1999 – CH 20 horas.

6.2 Acompanhamento de Egressos do Projeto PLANFOR /UNITINS – Etapa 99

Araguaína-TO, 15 de Janeiro de 2000 – CH 08 horas
6.3 Projeto de Pesquisa “ O sistema de Transporte Coletivo de Araguaína e sua influência no cotidiano da cidade.
Araguaína-TO, 16 a 31 de maio de 2001 – CH 20 horas.


7. PARTICIPAÇÃO EM CURSOS COMO FACILITADOR E PALESTRANTE

7.1 Metodologias do Ensino de Geografia e Oficinas Pedagógicas.
Praia Norte – TO, 19 a 27 de Junho de 2001– CH 60 horas.

7.2 Metodologias do Ensino de Geografia e Oficinas Pedagógicas.
Carmolândia – TO, 06 a 22 de Agosto de 2001– CH 60 horas.

7.3 Metodologias do Ensino de Geografia e Oficinas Pedagógicas.
Goiatins – TO, 01 a 08 de Setembro de 2001– CH 60 horas.

7.4 O uso da Maquete como Apoio Didático em sala de aula – (Mesa Redonda) V encontro de História do Tocantins.
Araguaína – TO, 21/ de novembro de 2001– CH 08 horas.

7.5 A Descoberta do Tempo e do Espaço / Metodologia do Ensino de História e Geografia Gurupi –TO, 03 e 04 de Dezembro de 2001 – CH 20 horas.

7.6 Fundamentos para a Educação de Jovens e Adultos – Planejamento e Avaliação
Riachinho – TO, 20 e 21 de Maio de 2002 – CH 20 horas.

7.7 Metodologia do Ensino de Geografia e História – Tema: Tempo e Espaço
São Miguel – TO, 28 e 29 de Novembro de 2002 - CH 20 horas.

7.8 Pedagogia dos Projetos – Aprendizagem com projetos uma jornada interdisciplinar rumo ao desenvolvimento das múltiplas inteligências.
Santa Fé do Araguaia – TO, Junho a Outubro de 2002 – CH 100 horas.

8. PUBLICAÇÕES

8.1 BEZERRA, Adelson Pereira. O uso das maquetes como material de apoio em sala de Aula - “Anais” – V Encontro de geografia do Tocantins - Araguaína-TO, Setembro / 2001

8.2 BEZERRA, Adelson Pereira. Metodologia para confecção de maquetes - “Anais” V Encontro de geografia do Tocantins - Araguaína-TO, Setembro / 2001
8.3 BEZERRA, Adelson Pereira – Responsabilidade Ambiental – http://www.formacaocontinuada.blog/ – DRE- Gurupi-TO. Setembro / 2007

9 . OUTROS CURSOS

9.1 INFORMÁTICA – Projeto ECUCAMP
Windows – 95 - MS-DOS for Windows – Word – Excel - Introdução a Internet

9.2 INFORMÁTICA FUTURA
IDP - Digitação - Windows XP – Word - Excel - Power Point - Corel Draw - Photoshop -
Internete

9.3 CCAA - Inglês – the regular curse program – 1º semestre - 2001
9.4 CCAA – Oral and written comunication – 2º Semestre – 2001

__________________________
Adelson Pereira Bezerra